Por um copo de cerveja e uma dose de Blumenau

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por um copo de cerveja e uma dose de Blumenau

Já dizia Rubens Braga: “os jornais noticiam tudo, tudo, menos uma coisa tão banal de que ninguém se lembra: a vida…”.

Por esse motivo sinto-me tão responsável quando me sento frente as teclas. Escrever crônicas é como uma garantia que a literatura e o hábito de ler não se perca. As pessoas estão tão acostumadas com as péssimas notícias dadas de supetão que não se surpreendem mais. Aprendi na faculdade de jornalismo a escrever notícias respondendo a famosa série de perguntas “QQQPOC”, que para entenderem, é basicamente dizer como tudo aconteceu já nas primeiras linhas do texto. Isso torna os jornais ágeis facilitando a vida do leitor, mas por vezes, limitantes.

Acredito que mais do que saber um apanhado de acontecimentos é preciso pensar, ler histórias e se incomodar com elas, ou simplesmente, apreciá-las. Apreciá-las da forma mais pura, com certo brilho nos olhos e certeza da saudade advinda. Assim me senti quando visitei Blumenau.

Bem como Rubens Braga também escreveu sobre certa vez que esteve em Blumenau, logo que se entra na cidade é possível notar a bela paisagem. Diversas casas de telhados pontudos estilo Enxaimel, popular da Alemanha. Por vezes agrupadas e com cortinas brancas que as fazem parecer com um antigo quebra-cabeças de pecinhas de madeira que tive quando criança (há lá um apego em coisas do passado que me despertaram isso).

Mirando coisas, casas e cenários, não pensei em nada que não fosse apenas apreciação e saudade. A tranquilidade acolhedora não aparentava ser vantagem do momento, mas agora fora de temporada, deixava ainda mais exclusiva a sensação.

Sem a correria dos carros, sem os acidentes no noticiário da manhã, sem o clima quente e sem a fumaça cinzenta pelos céus. Com fábricas, é claro. No entanto, fábricas e lojas que compõe a paisagem e fazem parte da história do local como a Hering e a Havan. Tenho para mim que Blumenau é a própria produção do bem estar acompanhado de cerveja para qualquer gosto, que é claro, aprovei.

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