Liberdade

10:25

braços abertos para a felicidade

Qual foi a última vez em que você foi feliz? Parece uma pergunta ridícula, mas busque na memória por apenas um segundo. Qual imagem você vê? Não, não é esse sorrisinho forçado que estamos procurando. Eu falo daquela risada que não cessa de jeito algum, daquele sentimento repentino que te deixa aliviado e ao mesmo tempo ansioso. A vontade de dizer sem ter palavras e de chorar sem ter lágrimas. Se, agora, você achou esse momento, diga a si mesmo quanto tempo faz. Um bocado, acredito. Isso porque nos preocupamos demais em dias comuns para conseguirmos ser plenamente felizes. E quem foi que disse que hoje é um dia comum?
Já diziam os sábios que para ser justo, não se deve ter opinião. Pensar sobre algo lhe impede de fazer o que deve ser feito. De fato, você não sabe o que quer e quando souber, vai deixar de querer.
Você não ama o que faz e quando ama, odeia o salário que ganha ou o cara da mesa ao lado que bate nas teclas com força exagerada. Você gosta de pessoas com risada engraçada, mas as odeia nos seus dias ruins. Você adora ter horários programados na sua agenda, mas odeia quando tem que marcar horário na agenda de alguém. Você odeia o calor hoje e o frio amanhã.
Com tudo, é bem mais fácil reclamar a vida toda do que agradecer por um dia. Mas, ainda, se não quiser agradecer, não o faça. Apenas aprecie o silêncio ou o barulho que estiver fazendo onde você está. Procure algo bom que seja só seu, para se agarrar.
Nós estamos constantemente seguindo o fluxo, vivendo verdades e mentiras que não nos pertencem. Somos incapazes de nos mover em qualquer direção sem olhar para um guia.
Estão sempre nos dizendo que trabalhamos demais, que ganhamos pouco, que se estamos solteiros somos sozinhos, que se namoramos somos dependentes. Nos dizem o que vestir, o que comer, como nos comportar e definem padrões para felicidade.
Esquecem que não há um dia com hora marcada e clima perfeito para rir sem pensar. Não existem obrigações que te condenarão a prisão perpétua se você odeia o que te traz dinheiro ou ama o que o faz em falta. Existe apenas você, se martirizando por não ser galã no cinema e o seu vizinho te apontando os dedos pela sua casa pequena demais para os olhos da sociedade. Coloca no mudo, só por hoje. Testa pra ver. Depois vem contar aqui que a liberdade que nunca vimos, existe, mas nós a deixamos para trás.

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