Estou
editando aqui um texto no qual eu me arrependi muito de ter postado. Eu estava
ansiosa pra assistir ao filme 4 vidas de um cachorro após assistir o trailer e
quando ia finalmente ver, descobri vídeos que afirmavam os maus-tratos aos
animais para a produção do filme. Por esse motivo, não assisti e perdi
completamente a vontade de ver qualquer coisa relacionado a isso. Vi novas
notícias desmentindo o caso e dizendo que o vídeo foi manipulado e que os maus-tratos
não aconteceram, mas eu não acredito nessa versão. No vídeo que vi, o cachorro
não quer pular na água e claramente o obrigam, depois, ele quase se afoga e vão
socorrê-lo. Independentemente dos riscos que o cão correu ou não, o simples
fato dele ter medo de água e ter sido forçado a entrar naquela assustadora
correnteza (assustadora mesmo, porque eu também não entraria) já mostra como
certos seres humanos são desprezíveis. Quem somos nós para obrigar e nos impor
sobre o outro?
Não
espero que vocês vejam o filme, mas vou manter o texto original aqui embaixo porque
realmente acredito que os animais são preciosos e é disso que se trata o que
escrevi, apesar de não condizer mais com a situação em que os produtores se
colocaram.
“Acredito
humildemente que a felicidade seja um bem compartilhado. Não é sua ou minha,
não vem com documentos que comprovem sua veracidade. Não tem caminho por mais
que busque, porém alguém a encontrou.
Eles não
guardam mágoa e colecionam sorrisos, não seus, mas outrem. Contentam-se em ver
o que podem fazer pelos seus amigos e não “donos”. Vivem um dia de cada vez
apenas para ver a felicidade que podem causar. São ansiosos e não conseguem
ficar parados talvez pelo mesmo motivo que nos deixaria irritados: a falta de
tempo.
Alguns
estudos afirmam que os cachorros nem sempre foram próximos dos homens e o que
ocorreu foi uma seleção natural entre os lobos que encontraram nos humanos uma
relação favorável que lhes dava comida em troca da proteção deles aos homens.
Acredito que talvez isso seja verdade, como diz o filme “aqueles que nós
resgatamos, nos resgatam”, no entanto vai além disso. A relação dos cachorros
para os humanos é bem mais do que isso, é amor. Não é como se devessem um
favor, é como se a convivência os fizesse bem. É a tristeza nos pequenos olhos
ao te ver saindo, nem que seja por cinco minutos, e em seguida a festa por
saber que voltou para ele.
“Dizem
que eles vivem menos porque já nascem sabendo amar de um jeito que nós levamos
uma vida inteira para aprender...”. Você já deve ter ouvido essa frase e creio
que ela defina exatamente o que o filme “4 vidas de um cachorro” do diretor
Lasse Hallstrom se propõe a nos mostrar.
Quantas
vezes você já se perguntou por que certas coisas acontecem conosco e por que
certas pessoas entram em nossas vidas? Está tudo tão perfeitamente encaixado. E
qual será então o sentido da vida? Para que serve tudo? Qual o meu papel nesse
mundo? São indagações que Hallstrom faz com que nos questionemos.
Assisti
ao trailer pelo menos umas 20 vezes e confesso que chorei 21. Estou ansiosa
para o lançamento que tem previsão somente para o início de 2017. Pelo que pude
notar no trailer, o filme tem um leve toque de comédia, mas com cenas
emocionantes e frases de efeito. Dentre elas, a escolhida da vez foi: “Se eu
posso conquistar você com lambidas e amor eu tenho um propósito”.
Quem sabe
o propósito da vida não seja apenas viver um dia de cada vez? E se fizéssemos
isso da melhor maneira possível? Sem tempo para arrependimentos e rancores. Os
seres humanos têm mania de querer ver seus nomes estampados em outdoors, serem
cumprimentados milhões de vezes pelos seus feitos, ouvir pedidos de desculpas
até o dia da sua morte por pequenos desentendimentos. Os cachorros não têm
tempo para isso, tão pouco orgulho. Que aprendamos com eles e se forem poucos
os dias que economizemos as reclamações e esbanjemos a essência pura da
felicidade nos olhos de outro ser."